O Planeta Vermelho é muito similar à Terra, tem dias de 24 horas, tem quatro estações no ano e, principalmente, água. Mas há também uma lista de problemas.
Quem se candidata a uma viagem sem volta ao Planeta Marte? Centenas de pessoas já estão na lista de espera para o primeiro voo turístico espacial até a órbita da lua, que já deve começar no ano que vem. Mas, daqui a dez anos, cientistas acreditam que já vai ser possível para o homem viver no Planeta Vermelho.
Os duros golpes da natureza, as ameaças de guerras nucleares, os possíveis impactos de asteróides com a Terra: "E ainda há outros tantos motivos que podem levar a extinção dos humanos", afirma Paul Davies, escritor, professor e chefe de um dos principais centros de estudo sobre o universo - o da Universidade do Arizona.
"Obviamente é pequena a probabilidade de nós morrermos juntos, mas pode acontecer nas próximas centenas de anos", aponta Paul.
Cineastas, como Bryan Singer, atores, como Russel Brand, designers, como Phillip Starck, empresários, como o brasileiro Bernardo Hartogs: eles vão pagar US$ 200 mil para viajar até o espaço, sentir a gravidade zero e ter uma visão impressionante da Terra. O voo turístico deve decolar até o fim do ano que vem.
“A gente aqui da Terra passa a vida olhando a lua. Então, ter essa oportunidade de ir para o espaço e olhar uma parte da Terra, vai ser maravilhoso”, ressalta o empresário Bernardo Hartogs.
Mas o professor Paul Davies e outros cientistas propõem muito mais. Propõem uma viagem só de ida para Marte. "A humanidade precisa de outro lugar no universo para se instalar. E o processo de colonização do Planeta Vermelho é para já. Eu acho que é perfeitamente possível viver em Marte”, afirma.
E você? Embarcaria nessa viagem sem volta? “Acho legal e tenho curiosidade. Tenho vontade, quem sabe um dia?”, diz o vendedor de livros usados Almir Barreto. "Eu ia. Pelo menos lá, é melhor do que aqui. Não tem muita violência", comenta o vendedor ambulante Jerônimo.
Vocês têm certeza?
O deserto do Arizona é o lugar mais parecido com Marte, dizem os cientistas. E no terreno vermelho americano nós podemos reproduzir, com mais clareza, como seria a vida no Planeta Vermelho.
Marte é muito similar à Terra. Tem dias de 24 horas, tem quatro estações no ano e, o mais importante, pesquisas já mostraram que há água.
Em Marte também tem carbono, nitrogênio, hidrogênio e oxigênio. Esses quatro elementos não são só a base de alimentos e água, mas de plásticos, madeira, papel, vestuário e, o principal, combustível para foguetes.
Em uma reprodução, as ruas de Marte seriam cápsulas, com capacidade para quatro pessoas cada uma, iriam formando a primeira comunidade marciana. Dentro, teria um quarto para cada pessoa, um banheiro, uma sala de exercícios, um laboratório, um espaço que pode ser a cozinha. Ao todo, são cem metros quadrados.
Em um terreno tão grande, com 144 milhões de quilômetros quadrados, aproximadamente quase a metade do tamanho da Terra, será preciso carro. E eles já começaram a ser desenhados. São veículos para os marcianos explorarem esse novo planeta, veículos para eles levarem uma nova vida.
Tudo parece bonito, mas há uma lista de problemas. Para cada um deles, os cientistas têm solução.
Para a gravidade, que corrói os ossos: com treinamento os efeitos seriam temporários.
Para a radiação, que provoca câncer: o risco em Marte seria bem menor do que na Terra.
Para a viagem, que demora seis meses: é só ter preparo físico e psicológico.
Para a temperatura, que chega a ser de menos 90 graus: é possível se manter aquecido.
E aí: a Terra, como ela é, ou Marte, como os cientistas imaginam ser?
Fonte: fantastico
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